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Que caminhos trilhar


Como não há fórmulas definidas, a internet é o campo propício para a experimentação. Basicamente, os projetos envolvendo jornalismos na rede utilizam blogs, API (Interface de Programação de Aplicativos), participação do leitor (com comentários e enviando conteúdo), integração com redes sociais, aplicativos para sites de relacionamento e integração de diversas plataformas de divulgação da notícia. 


Um dos mais recentes a aderir a esse último ponto foi o jornal espanhol El Mundo. Além da publicação impressa, o jornal investe também em internet e celular. Ou seja, a informação caminha por várias plataformas. O leitor decide qual utilizar. Reposicionamento similar ao do jornal O Globo, feito em 2008. Na ocasião, um belo comercial apresentou a nova proposta da publicação.


Rupert Murdoch, dono de várias empresas de comunicação, disse no festival de publicidade de Cannes de 2008, que  “75% dos jornais serão digitais em 10 anos. Mas nós não compramos um jornal, compramos principalmente uma marca e seu conteúdo”. Recentemente, Murdoch adquiriu o prestigiado periódico norte-americano Wall Street Journal.


E quem está fazendo o melhor trabalho online? O blog The Bivings Report fez, em fevereiro de 2009, uma seleção dos melhores sites de jornais. No topo, o New York Times, que consegue aliar seu estilo clássico com novas funcionalidades da web, é o que tem atraído mais leitores.


Um dos serviços de destaque é o Times Extra, que agrega manchetes de páginas externas (mesmo de concorrentes).


Veja, abaixo, a seleção completa.


1. The New York Times

2. The Washington Post

3. The Wall Street Journal

4. The Jacksonville Times-Union

5. The Philadelphia Inquirer

6. USA Today

7. The St. Paul Pioneer Press

8. The Atlanta Journal-Constitution

9. The Arizona Republic

10. The Columbus Dispatch


Segundo a revista FastCompany, a NPR - National Public Radio, sistema de rádio pública norte-americana - é quem está melhor integrando a nova e antiga mídia.


Além de investir na mídia social (é um dos 25 perfis mais seguidos no serviço de mensagens curtas Twitter), a NPR também cria produtos que personalizam a interação com a informação. Como uma ferramenta que possibilita aos ouvintes criar sua própria programação a partir da organização dos arquivos de áudio da NPR.


Inovação


"Está claro que as redações do jeito que conhecemos não vão existir mais. Não podem. Para mim, devem ser redações em rede, mais descentralizadas e com um modelo menos hierárquico. Senão, não há maneira de sobreviver. Também se deve fazer acordos com blogs."


Mario Tascón, jornalista e um dos idealizadores do site LaInformacion.com. Trata-se de um portal de notícias de modelo piramidal: as informações são geradas por três fontes: jornalistas, usuários e “robôs” que vasculham a web pelas notícias mais importante (similar ao Google News). 


O projeto também usa bastante redes sociais. No Twitter, por exemplo, os jornalistas escrevem de maneira mais informal, evitando algumas regras jornalísticas. Através da ferramenta de mensagens curtas, também são transmitidas notícias. Obviamente, de forma extremamente concisa.


No jornal inglês The Daily Telegraph numa única área, trabalham profissionais de várias mídias. Um hub centraliza as atividades e a redação trabalha com os diversos deadlines durante o dia.


Cada vez mais novos produtos são testados. Na conferência World Wide Web, que ocorreu em abril de 2009, em Madrid, dois projetos chamaram atenção. Num deles, o objetivo era criar métricas para identificar blogs por credibilidade. O software do projeto do Know-Center, da Áustria, busca classificar automaticamente o conteúdo da Web com base na credibilidade das informações apresentadas. Seriam três categorias: ‘alta credibilidade’, ‘credibilidade média’ e ‘pouca credibilidade’.


Outra idéia exposta foi a do Instituto Nara de Ciência e Tecnologia, que coleta vários pontos de vista sobre determinados temas para que os leitores possam vê-los num único endereço e tirar suas próprias conclusões.


O site Newsy.com tem uma proposta semelhante, pois organiza as notícias e fornece abordagens diversas de cada história.





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